segunda-feira, 25 de junho de 2012

IN A DIFFERENT VOICE. PSYCHOLOGICAL THEORY AND WOMEN'S DEVELOPMENT



Em uma Voz Diferente. Teoria Psicológica e Desenvolvimento da Mulher
ISBN 0-674-44544-9
Editora: Harvard University Press.
Autora: Carol Gilligan
© 1982


Conteúdo

Em oposição às teorias de desenvolvimento humano (Freud, Piaget, Kohlberg, Levinson) baseadas no modelo masculino, Gilligan (Harvard Graduate School of Education) coloca que as mulheres pensam de uma maneira diferente - dão prioridade ao cuidado e à responsabilidade, muito mais do que aos direitos ou a justiça (o contraste entre a definição do self a partir da separação e baseado na continuidade, conexão).

A autora acredita que a psicologia tem repetidamente e sistematicamente sido incapaz de compreender as mulheres – seus motivos, compromissos morais, o decurso de seu desenvolvimento psicológico e sua visão particular do que é importante na vida. Conclui que não há algo de errado com elas, mas com a teoria, que tenta entende-las a partir de uma perspectiva masculina. Repetidamente, observa, as teorias do desenvolvimento têm sido construídas em observações da vida dos homens.
O desenvolvimento masculino é basicamente uma questão de separação do modelo em busca de autonomia e independência. Sob este viés, as mulheres seriam incapaz de tornarem-se adultos maduros, uma vez que seu desenvolvimento envolve uma luta contínua e sem solução para equilibrar suas responsabilidades com os outros e seus compromissos com elas mesmas. Enquanto os homens vêm a moral como uma questão de justiça imparcial, para as mulheres a moralidade é mais uma questão de cuidados. Seriam, portanto, menos morais? Questiona-se a autora. Se os homens dispõem-se a sacrificar o relacionamento com os outros em busca de realizações pessoais, estariam erradas as mulheres ao sacrificar conquistas pessoais para preservar relações? Na comparação do desenvolvimento de homens e mulheres, baseado no modelo masculino, as mulheres ficam aquém.
Em “Em Uma voz Diferente” Gilligan analisa respostas masculinas e femininas (em nove idades diferentes e em outros estudos separados) para o mesmo dilema moral. Suas colocações, baseadas na observação do dramático contraste entre as respostas de homens e mulheres, vão muito além da crítica negativa à teoria existente; a autora, neste ensaio, inicia uma conversa. Ao dar vozes às mulheres, coloca sua própria visão da personalidade feminina e contribui para o retrato da natureza humana, que têm sido, ao longo dos anos, muito unilateral. Chama atenção para a multiplicidade de vozes entre os “adultos” e as “pessoas” em geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário