Fanny Schroeder
29 maio de 2012
Derdyk, Edith (organizadora) Disegno. Desenho. Desígnio, Editora Senac, São Paulo 2007.
A artista plástica, ilustradora e
educadora Edith
Derdyk que organizou o livro Disegno. Desenho. Desígnio, já lançou outros livro sobre desenho, tais como: O Desenho
da Figura Humana e Formas de Pensar o Desenho: Desenvolvimento do
Grafitismo Infantil.
Este livro é
composto por trinta ensaios, sendo alguns apenas escrito e outros escritos e/ou
desenhados. Os autores são das mais diversas áreas, porém sempre referências em
suas áreas de atuação. Nesses artigos, o leitor pode observar as mais variadas
formas de utilização e expressão do desenho, que vai desde o cinema, artes
plásticas até a astronomia.
“Por meio da diversidade dos artigos
e de um eclético perfil de autores, Disegno. Desenho. Desígnio revela
como o desenho, sem deixar de ser uma linguagem soberana, comparece como
ferramenta de formulação e representação das ideias em contextos variados – na
ciência, nas artes, na mídia, nos mais elementares rabiscos infantis.” Nota do
editor
A escritora
Noemi Jaffe define este livro como: “um inventário do desenho. Em outras
palavras, uma lista de invenções dos limites que o homem estabelece no mundo.
Desenhar, em astronomia, na dança, na literatura, nas artes, na arquitetura, é
criar limites. Diante da impossibilidade de compreender a magnitude das fronteiras
da natureza, o homem, ao inventar a linguagem – que define -, inventa seus
próprios limites, que dão a medida de sua insignificância, mas também de sua
capacidade de ir além dela.”
No artigo Desenho e projeto, referente à arquitetura, o arquiteto Marcelo
Ferraz salienta que, nos dias de hoje, o desenho “é uma das principais
ferramentas da arquitetura e, em muitos momentos, confunde-se com a própria,
tal a proximidade da linguagem meio (o desenho) com a linguagem fim (a
arquitetura). Seguidamente nos utilizamos da palavra ´desenho´para nos referir
ao projeto, sem pensar que o projeto é muito mais que desenho. Projetar é ver
adiante, enxergar à frente algo que poderá ou não ser concretizado. Ao
projetar, podemos recorrer a várias linguagens, como o desenho, a escrita, a
fotografia, esculturas (maquetes), sons, falas, etc. Mas, em nossos dias, o
desenho como linguagem ainda é fundamental na prática arquitetônica, seja em
sua concepção, seja em sua expressão. Não podemos prever ate quando será assim,
com tantas inovações que surgem todos os dias no campo da comunicação.”
Marcelo
Ferraz e Francisco P. Fanucci, Museu
Rodin, 2002. Salvador, BA.
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