ARTIGO GÊNERO
BRUSCHINI, Cristina; LOMBARDI,
Maria Rosa. A bipolaridade do trabalho feminino no Brasil contemporâneo. Cad.
Pesqui., São Paulo, n. 110, July 2000 .
As autoras
iniciam o artigo apresentando o cenário do trabalho feminino atualmente e nas
últimas décadas. Os trabalhos mais comuns exercidos pelas mulheres eram os com
pequena remuneração e que não necessitavam de um alto nível de escolaridade,
como o trabalho doméstico. Esse quadro apresentou mudanças com a inclusão das
mulheres em áreas antes tidas como de domínio masculino, como direito,
arquitetura, engenharia e medicina, e essa mudança foi acompanhada de maiores
níveis de escolaridade e melhores salários, entretanto ainda inferiores se
comparados aos dos homens.
Na busca de
entender esses dois pólos de trabalhos foram utilizadas diversas fontes
secundárias que se relacionavam com os assuntos pesquisados. Essa busca revelou
que o trabalho doméstico foi e é exercido majoritariamente por mulheres, com
esse índice variando entre 93% e 97% do total de trabalhadores dessa área.
Notou-se
também que carreiras como enfermagem e o magistério que necessitam de curso
superior já apresentavam um alto índice na participação feminina, e continua
crescente. Entretanto profissões como engenharia, arquitetura, medicina e
principalmente direito apresentaram aumentos significativos, podendo destacar como
cargos ocupados os de juízas, promotoras, procuradoras e curadoras.
Pode-se
verificar que essas mudanças foram impulsionadas pelas mudanças culturais do
final dos anos 60, e pelo aumento das vagas nas universidades públicas e
particulares, que proporcionaram que esse cenário mudasse. Outra analise que
pode ser feita é que essas mulheres continuam a ter menores salários do que
homens em mesmo cargo, e para que essas mulheres possam se dedicar a suas
carreiras precisam se apoiar nas trabalhadoras domésticas, fortalecendo esses
dois pólos.
LIVRO PROCESSO DE PROJETO
MILLS, Criss B. Projetando com maquetes – um guia para a
construção e o uso de maquetes como ferramenta de projeto. 2. Ed. Porto:
Bookman, 2007.
Projetando com
Maquetes é um guia sobre como utilizar a construção de maquetes como ferramenta
de projeto. O livro inicia apresentando diversos equipamentos que podem ser
utilizados na construção de maquetes e suas funções específicas. Essa descrição
segue para os materiais e posteriormente para o tipo de maquete, que implica no
grau de precisão que ela deve possuir, consequência direta do assunto que ela
deve abordar, como uma maquete de cheios e vazios, e uma de fachadas.
A autora
apresenta que dependendo do tipo de maquete, como as montadas rapidamente, como
um desenho bidimensional, podem funcionar como croquis na evolução e
desenvolvimento de projetos. Outras maquetes, como as volumétricas podem
auxiliar a desenvolver áreas ainda não estudadas, por meio da sua relação com o
espaço. As maquetes de entorno ajudam a analisar a relação do novo projeto com
o entorno imediato.
As maquetes
segundo a autora possibilitam ainda a experimentação e a tentativa, possibilidades
facilmente alcançadas com novos recortes e rápida visualização, adaptações e
reconstruções. Essas tentativas seriam mais morosas caso fossem feitas em
desenhos e talvez não expressasse claramente a intenção do arquiteto.
ARTIGO PROCESSO DE PROJETO
FLORIO, Wilson. Croquis de concepção no processo de projeto
em Arquitetura. Exacta, v.8(3), p. 373, 2010.
O autor inicia
o artigo definindo croqui como elemento de concepção inicial do projeto, pois
segundo ele pode-se relacionar memória, repertório e a capacidade de manipular ideias
em pequenos desenhos e em pouco tempo. Esses croquis não são apenas registros
dos pensamentos do arquiteto, mais auxiliam no desenvolvimento do pensamento,
na medida em que ao desenhar, analisar e interpretar o desenho as ideias ficam
mais claras e a partir delas pode-se evoluir e modificar o pensamento. Assim os
croquis ajudam a demonstrar os caminhos percorridos pelo arquiteto até chegar
ao projeto final.
O artigo busca
mostrar as dificuldades e incertezas que ocorrem nos momentos de concepção de
projetos e como os croquis ajudam a desenvolver essa fase e geram projetos
diversificados e interessantes. Para o autor o croqui, como também maquetes
físicas e digitais, são elementos que ajudam a materializar ideias que antes
povoavam apenas os pensamentos do arquiteto.
O autor
conclui o artigo ressaltando a importância do croqui na desmitificação do
arquiteto gênio, da criatividade sem esforço, segundo ele divulgado por muitos
arquitetos, pois é a presença do croqui que possibilita mostrar a união das
habilidades, sensibilidades, conhecimento, experiências e muito trabalho na
concepção de um projeto. Constata também que maquetes físicas, digitais e
croquis não são simples ferramentas de representação, mas formas de
entendimento e desenvolvimento de projetos.
Mariana Nogueira
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