quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Fichamento


ARTIGO GÊNERO
BRUSCHINI, Cristina; LOMBARDI, Maria Rosa. A bipolaridade do trabalho feminino no Brasil contemporâneo. Cad. Pesqui., São Paulo, n. 110, July 2000 .

As autoras iniciam o artigo apresentando o cenário do trabalho feminino atualmente e nas últimas décadas. Os trabalhos mais comuns exercidos pelas mulheres eram os com pequena remuneração e que não necessitavam de um alto nível de escolaridade, como o trabalho doméstico. Esse quadro apresentou mudanças com a inclusão das mulheres em áreas antes tidas como de domínio masculino, como direito, arquitetura, engenharia e medicina, e essa mudança foi acompanhada de maiores níveis de escolaridade e melhores salários, entretanto ainda inferiores se comparados aos dos homens.
Na busca de entender esses dois pólos de trabalhos foram utilizadas diversas fontes secundárias que se relacionavam com os assuntos pesquisados. Essa busca revelou que o trabalho doméstico foi e é exercido majoritariamente por mulheres, com esse índice variando entre 93% e 97% do total de trabalhadores dessa área.
Notou-se também que carreiras como enfermagem e o magistério que necessitam de curso superior já apresentavam um alto índice na participação feminina, e continua crescente. Entretanto profissões como engenharia, arquitetura, medicina e principalmente direito apresentaram aumentos significativos, podendo destacar como cargos ocupados os de juízas, promotoras, procuradoras e curadoras.
Pode-se verificar que essas mudanças foram impulsionadas pelas mudanças culturais do final dos anos 60, e pelo aumento das vagas nas universidades públicas e particulares, que proporcionaram que esse cenário mudasse. Outra analise que pode ser feita é que essas mulheres continuam a ter menores salários do que homens em mesmo cargo, e para que essas mulheres possam se dedicar a suas carreiras precisam se apoiar nas trabalhadoras domésticas, fortalecendo esses dois pólos.

LIVRO PROCESSO DE PROJETO
MILLS, Criss B. Projetando com maquetes – um guia para a construção e o uso de maquetes como ferramenta de projeto. 2. Ed. Porto: Bookman, 2007.

Projetando com Maquetes é um guia sobre como utilizar a construção de maquetes como ferramenta de projeto. O livro inicia apresentando diversos equipamentos que podem ser utilizados na construção de maquetes e suas funções específicas. Essa descrição segue para os materiais e posteriormente para o tipo de maquete, que implica no grau de precisão que ela deve possuir, consequência direta do assunto que ela deve abordar, como uma maquete de cheios e vazios, e uma de fachadas.
A autora apresenta que dependendo do tipo de maquete, como as montadas rapidamente, como um desenho bidimensional, podem funcionar como croquis na evolução e desenvolvimento de projetos. Outras maquetes, como as volumétricas podem auxiliar a desenvolver áreas ainda não estudadas, por meio da sua relação com o espaço. As maquetes de entorno ajudam a analisar a relação do novo projeto com o entorno imediato.
As maquetes segundo a autora possibilitam ainda a experimentação e a tentativa, possibilidades facilmente alcançadas com novos recortes e rápida visualização, adaptações e reconstruções. Essas tentativas seriam mais morosas caso fossem feitas em desenhos e talvez não expressasse claramente a intenção do arquiteto.

ARTIGO PROCESSO DE PROJETO
FLORIO, Wilson. Croquis de concepção no processo de projeto em Arquitetura. Exacta, v.8(3), p. 373, 2010.
O autor inicia o artigo definindo croqui como elemento de concepção inicial do projeto, pois segundo ele pode-se relacionar memória, repertório e a capacidade de manipular ideias em pequenos desenhos e em pouco tempo. Esses croquis não são apenas registros dos pensamentos do arquiteto, mais auxiliam no desenvolvimento do pensamento, na medida em que ao desenhar, analisar e interpretar o desenho as ideias ficam mais claras e a partir delas pode-se evoluir e modificar o pensamento. Assim os croquis ajudam a demonstrar os caminhos percorridos pelo arquiteto até chegar ao projeto final.
O artigo busca mostrar as dificuldades e incertezas que ocorrem nos momentos de concepção de projetos e como os croquis ajudam a desenvolver essa fase e geram projetos diversificados e interessantes. Para o autor o croqui, como também maquetes físicas e digitais, são elementos que ajudam a materializar ideias que antes povoavam apenas os pensamentos do arquiteto.
O autor conclui o artigo ressaltando a importância do croqui na desmitificação do arquiteto gênio, da criatividade sem esforço, segundo ele divulgado por muitos arquitetos, pois é a presença do croqui que possibilita mostrar a união das habilidades, sensibilidades, conhecimento, experiências e muito trabalho na concepção de um projeto. Constata também que maquetes físicas, digitais e croquis não são simples ferramentas de representação, mas formas de entendimento e desenvolvimento de projetos.

Mariana Nogueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário